La vou eu de novo.
Em 2002...
Estava bem de vida, ganhando um salário de 4mil por mes. Era editor de arte da revista Primeira Leitura. Ótimo, não?
Não! Ganhar bem não significa felicidade...
Eu tinha um sonho, fazer uma revista de Skate. Eu fiz! Primeiro Skate Jam, e depois a SKT. Foi dificil. A gente teve muitos erros, mas soubemos contorná-los, corrigi-los e acertar cada vez mais. Falo a gente, pq eu sempre procurei as pessoas certas pra me ajudar a concretizar minhas idéias. Primeiro Jonas Furtado, depois o Charles Franco que trouxe o Sergio Garcia que apresentou o Renato Custódio. O Dhani se juntou ao grupo que daí pra frente soh cresceu e conquistou vitórias fantásticas.
Foram dois anos criativos, enriquecedores e de um ótimo amadurecimento profissional.
Infelizmente, os sonhos tem que acabar.
Pra mim a SKT acabou em 2006, justamente qdo estava em seu apice. Naquele momento sentia q brigavamos num mesmo patamar de igualdade com as revistas que tinham mais de 10 anos de vida. E nós, apenas 2 anos.
Saí, fiquei seis meses, sem trabalho fixo, andando de skate no CEU Butanclã, meio sem sentido na vida, como se tivesse perdido algo.
Em 2007, conquistei uma vaga de Gerente das equipes de skate e surf da empresa SIMEX. Não tinha muito idéia do que seria, mas topei assumir a função. Trabalhar com três marcas internacionais do porte de DVS, Lakai e Ezekiel, foi uma experiência e tanto.
A primeira tarefa que me foi dezignada, foi demitir o Everton Tutu da Lakai e Ezekiel. Uma espécie de teste. A próxima, planejar, cuidar, executar, ser baba de sete gingos em uma tour pelo Brasil, para filmar o DVD promo City Of Dogs. A tour foi um sucesso e daí pra frente, eu tomei gosto pelo trabalho que podia fazer dentro do Mkt de uma marca e achei qe seria possivel ajudar o skate através do meu trabalho. Novamente, experimentei uma nova oportunidade de amadurecimento profissional.
Foi emocionante, fazer eventos, campeonatos, tours, premiers de vídeos, lançamentos de tênis, assessoria de imprensa, meetings e treinamentos para representantes e vendedores de lojas. Passar o conhecimento a diante, ajudar a coisa a acontecer da forma correta. Antes de mim, os atletas não tinham com quem falar na empresa, eram mau tratados, recebiam pouca, ou quase nada em troca do trabalho q faziam pelas marcas. Novamente, qdo esta no apice de um trabalho, vi os sonhos se desfazerem. Após um ano criando uma equipe, estruturando cada segmento, e principalmente colhendo os resultados das ações feitas, acabei saindo da empresa. Esta quebrou e deu um calote gigante no mercado e a mim inclusive. Não pagando a fornecedores e prestadores de serviço.
De volta as revistas.
Há cinco meses, eu estou comandando o depto de arte da TRIBO SKATE. Sou o DIRETOR DE ARTE! Muita gente chega pra mim e diz q ta gostando das mudanças na revista e tal, mas não sei se eh verdade... É claro que há pessoas que eu reconheço, estão dizendo a verdade, são sinceros.
Bom, lembra do sonho no início do texto? Eu continuo querendo viver ele, mas é cada vez mais triste e frustrante trabalhar neste meio, onde os aventureiros não param de surgir, vendendo-se por tão pouco.
Depois de quase duas décadas acumulando conhecimento, minha experiência não vale nada. Muito em parte, porque alguns empresários do skate se acostumaram a fazer tudo mais barato. O mais barato eh bom!
E ai eu me pergunto? até onde essa lógica mesquinha vai nos levar!?
Não sei, mas acho q não há um pote de ouro no final deste arco-iris.
Sigo me caminho e infelizmente os sonhos vao se encerrando...
Vejamos o q o novo dia nos reserva