Raramente essas marcas conseguem se focar e finalizar o ano, fazendo um planejamento para o ano seguinte, vizlumbrando um crescimento real.
Lógico que ouvi diversas pessoas, para quem eu contava meus planos, dizer que seria dificil, ou impossivel conseguir vender essa ideia a alguém.
Bem de fato, não é facil, mas eu continuo acreditando e sei que ao realizar um bom trabalho com os pqnos, conquistarei os médios e assim por diante.
Ontem falei do site Profissionais do Mercado Boardsports e lá no sit, fiz um comentário a cerca de um tema postado no Fórum que gostaria de dividir com os leitores do blog.
QUAIS SÃO AS MAIORES DIFICULDADES EM RELANÇAR UMA MARCA NO MERCADO BRASILEIRO DE BOARDSPORTS?
Dependendo da sua idade (leitor deste tópico) você conhece ou ao menos ouviu falar das marcas Lightning Bolt, Plancton, Op, Sundek, The Philippines, Fico, Hawaiian Dreams entre outras. Sabe o que elas tem em comum? Todas foram marcas extremamente importantes dentro do mercado boardsports. Praticamente não havia uma única surfshop (ou skateshop) autentica, no Brasil que não quisesse trabalhar com essas marcas. Elas patrocinavam os melhores eventos e os melhores atletas do país em suas épocas e eram consideradas arrojadas e inovadoras. No entanto a maioria dessas marcas passaram por diversas dificuldades em em algum momento acabaram por encerrar suas operações. O curioso é que a maioria dessas marcas estão de volta basta você fazer uma busca no Google que vai encontrar o website de algumas delas. No entanto, elas não estão operando no mercado boardsports e provavelmente a maioria delas não deve conseguir se relançar. A questão é: QUAIS SÃO AS MAIORES DIFICULDADES EM RELANÇAR UMA MARCA NO MERCADO BRASILEIRO DE BOARDSPORTS?
Participe dê a sua opinião!
- Por Marcelo Lagrotta
Segue abaixo a minha resposta para o tema.Na minha opinião, é preciso ter um minucioso plano de negócio.
Ser prático, conhecer seus limites, suas vantagens e as de seus concorrentes.
Definir qual será o público-alvo.
Dinheiro é fundamental, como ja foi comentado por outros colegas, muitas destas marcas deixaram o mercado devendo muito, ou com problemas de entrega e tudo mais, mas ter um ótimo caixa, não é a receita para o sucesso, não conheço nenhum milionário que joga dinheiro pela janela.
Se eu estivesse a frente de uma dessas marcas, minha primeira ação seria decidir pra quem compraria o que estou disposto a vender.
Feito isso, buscaria o máximo de informação sobre esse consumidor. Conhecer seus hábitos, onde consomem e o que consomem, onde eles vão surfar, andar de skate, com quem e como vão.
O que eles lêem, quais os sites que navegam. Partiria daí para planejar minha estratégia.
Próximo passo é montar as equipes do comercial, produção e marketing.
Quais são os bons representantes em meu concorrente que não estão felizes e que possuem bom relacionamento com os compradores das lojas, q tem boa carteira de clientes? Provavelmente eu os recrutaria.
Com base em minha pesquisa dos hábitos do meu público-alvo e a opinião dos vendedores definiria a espinha dorsal da coleção.
Partindo dessa definição, me reuniria com o designer e com a ajuda do gerente de marketing, e colocaria os dois para trabalhar na definição das estampas e da linguagem visual da coleção.
Ao marketing, caberá também, criar com base nessas definições as campanhas para as mídias, escolher quem vai usá-las, atletas e assim por diante.
Antes do re-lançamento investiria frote em uma campanha digital criando um buzz sobre o retorno da marca. Campanhas de Marketing de guerrilha (grassroots e virais na internet que despertassem interesse do meu público alvo) que remeta para meu novo site, onde eu apresento a marca, sua história, seus antigos e novos heróis.
Após este primeiro choque, os meus representantes podem sair para rua com os mostruários, tendo os compradores das lojas, no minimo curiosos para ver o q temos a apresentar. Outro fator relevante para este sucesso é o planejamento de produção, saber dar o start no momento certo. (ai entra a quetão já aboradada do passivo negativo que algumas marcas carregam com os fornecedores)
Como comentaram também, os espaços dos PDVs estão muiito cheios, mas quem chega primeiro, tem boas chances. É claro que vai pesar na negociação outros fatores importantes, como prazo, merchandaizing, catálogos (a maior praga do mercado nacional), adesão de planos de marketiong das redes e por ai vai.
No mundo teórico é fácil demais. De tudo q se falou aqui, e muito do que eu falei, é lindo e maravilhos, mas na prática a coisa roda bem diferente. Os representantes/compradores são hj as peças mais importantes do nosso mercado e na maioria das vezes são eles quem ditam o que vende e o q não vende.
No Brasil, não se investe em pesquisa de mercado, não há união entre as empresas e os lojistas.
Nossa cultura é baseada na "Lei de Gerson", mas ainda assim vamos crescendo. Impulssionados pela ascensão das classes C e D, todo nosso segmento cresceu, mas o ideial de todas as marcas foi para o ralo, a medida em q o balcão da loja impos uma política de preço e prazo.
A empresas no país operam como verdadeiros bancos, equlibrando-se na corda bamba, entre as grandes redes, os bancos e os fornecedores. Cobrados pelas mídias, pelo core business, pelos atletas e dai por diante. É uma matemática interessante, uma rotina estressante, mas que deve ser boa, afinal se o Cidão conseguiu fazer alguém investir na volta da OP(sem licensa?) e o grupo Marisol comprou e vai apostar forte em 2010 na marca Pakalolo, com abertura de 100 lojas até 2014 (invest. total de 110 milhões) a coisa deve render bons frutos, é só ter capital para investir e saber trabalhar, no Brasil quem quer faz, quem não quer fala.
abrc a todos
Walter Garrote
http://wg-sintese.blogspot.com.br
http://www.twitter.com/sinteseskate
http://www.flickr.com/photos/sinteseskateboard/
http://www.facebook.com/profile.php?ref=name&id=100000485019984